Medição de obra vinculada à FVS

A inspeção dos serviços executados na obra deve ser feita através da medição vinculada à FVS
Medição da obra vinculada à FVS

A inspeção e a documentação dos serviços prestados pelos fornecedores a uma construtora devem ser feitas através da medição vinculada à ficha de verificação de serviço, também conhecida como FVS.

Com esse instrumento, além de servir como a documentação do próprio serviço executado, os gestores de obra podem liberar os pagamentos aos contratados conforme os serviços são entregues.

A seguir, confira porque essa ferramenta é fundamental para garantir a saúde financeira das empresas!

O que é a Ficha de Verificação de Serviço (FVS)?

A ficha de verificação de serviço (FVS) é um documento utilizado pelos gestores de obras para assegurar a qualidade e o cumprimento às normas técnicas dos serviços executados.

Esse documento serve como base para a aprovação ou reprovação de uma etapa construtiva, apontando os parâmetros seguidos e possíveis irregularidades na construção.

A FVS funciona como um instrumento importante para que as construtoras possam se qualificar para receber certificações em programas de habitação e interesse social, como o PBQP-H (Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat).

Para que serve a Ficha de Verificação de Serviço (FVS)?

A ficha de verificação de serviço acompanha todas as etapas dos serviços realizados em uma obra e serve para critérios de auditoria e para a manutenção das certificações.

Caso haja negligência nessa documentação, as construtoras e incorporadoras podem ser punidas com uma não conformidade e, no caso de reincidência, podem perder as certificações e os financiamentos bancários das obras.

Com a FVS, a construtora passa a ter que seguir à risca a cartilha de execução para cada serviço da obra, garantindo não apenas a qualidade, mas também a segurança do serviço que foi ou que será entregue.

Como funciona a medição de obra vinculada à FVS?

Além de garantir qualidade e segurança aos serviços, também é importante contar com uma ferramenta de proteção e equilíbrio financeiro das empresas. Através do preenchimento correto das fichas de verificação, o gestor de obras pode mensurar quais foram os serviços entregues e liberar os pagamentos para os fornecedores.

Como fazer a medição de obra?

Todo contrato deve trazer o escopo do que será executado pelo fornecedor, com a descrição do serviço, a unidade de medida contratada, a quantidade total e o valor unitário. Cabe a um funcionário da construtora ou incorporadora conferir e documentar in loco cada serviço, garantindo que o que foi entregue esteja em conformidade com as normas ou os procedimentos específicos. 

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Quais são as dificuldades de realizar as medições vinculadas às FVSs?

Por mais que pareça simples, no dia a dia de obra, a tarefa de verificação e documentação dos serviços através das FVSs exige bastante dos times de obra.

 São dezenas de prestadores de serviço alocados ao mesmo tempo dentro do canteiro executando diferentes tarefas em locais distintos. As equipes de obra contam, quando muito, com cinco pessoas para fazer as avaliações de todas as execuções, o que torna essa tarefa bastante complexa e exaustiva”, explica o diretor de produtos da Construmarket.

Também é comum, principalmente em obras de grande porte ou em construtoras menores, que os pagamentos sejam adiantados.

“É comum acontecer da obra pagar por serviços que não foram totalmente entregues. No primeiro mês, a conta ainda é baixa, mas ao final de muitos meses consecutivos, os fornecedores podem chegar a ‘dever’ até pavimentos inteiros. A obra acaba e o risco do serviço pago não ser entregue é alto.” 

Uma das maneiras de evitar que isso ocorra é fazendo a retenção técnica.  Normalmente o padrão de mercado é segurar 5% do valor total do contrato, que só será pago ao final. Esse saldo é revisado, descontado, se for o caso, ou então liquidado.  Mas muitas vezes o valor do prejuízo é superior ao da retenção técnica.

“A construtora amarga a perda e ainda pode acabar entregando a obra fora do prazo,  que impactam negativamente sua marca no mercado. O custo indireto desses atrasos pode ser gigante”, alerta Montelo.

Como as medições ajudam as construtoras e incorporadoras a evitar prejuízos financeiros?

Como as medições são vinculadas às FVSs, cabe ao gerente do contrato liberar um pagamento de acordo com o status do serviço apresentado nessas documentações.

“Na hora de liberar o pagamento, a ficha de verificação de serviço é analisada. Apenas o que foi entregue em conformidade deve ser pago, evitando que as empresas paguem serviços que não foram realizados ou que foram executados incorretamente”, explica Montelo.

Todos os status pendentes de reinspeção devem ser catalogados como serviços reprovados, que devem ser refeitos antes de serem pagos.

“Ou a empresa retém o pagamento para a medição seguinte ou então libera o pagamento mediante uma retenção maior, protegendo, dessa forma, o caixa da obra”, esclarece o diretor.

Como o Construpoint integrado com o Sienge pode ajudar as construtoras a evitar prejuízos financeiros?

O Construpoint é o único sistema que oferece a integração das FVSs com os contratos. Com esse recurso, é possível criar uma regra para não deixar a medição avançar enquanto o serviço não tiver sido feito e avaliado pelo time da qualidade.

Ao serem sincronizadas, as plataformas Sienge e Construpoint permitem que o usuário acesse todos os contratos cadastrados sem que haja a necessidade de usar planilhas ou fazer recadastramento de informações.

Os itens reprovados, não aceitos ou ainda não finalizados podem ser facilmente visualizados e resolvidos pelos gestores da obra, permitindo que os pagamentos sejam gerenciados de forma mais eficiente.

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Conclusão

As medições vinculadas às fichas de verificação de serviços, também conhecidas como FVSs, são uma ferramenta crucial para as empresas que buscam o equilíbrio financeiro de suas operações.

O uso de tecnologias, como as plataformas Sienge e Construpoint integradas, é um grande facilitador para o gerenciamento das verificações de serviços e documentações dentro do canteiro.

COLABORAÇÃO TÉCNICA:

Ralph Montelo – diretor de produtos de projetos e obras da Construmarket

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